“A Igreja Evangélica no Brasil encontra-se em crise e sem personalidade”. Esta é a frase que temos ouvido diariamente pelos teólogos e líderes das mais diversas denominações. Por um outro lado, há os mais otimistas que proclamam um avivamento. Ora dizem que ele já chegou, ora que ele está por vir.
O que, verdadeiramente, estaria acontecendo? Como tem passado a Igreja do Senhor Jesus nesses últimos dias?
Podemos até concordar com as opiniões dos teólogos, mas contemplar a atual situação da Igreja requer muito cuidado. Nosso olhar tende a enxergar, invariavelmente, só o que é ruim, e temos que deixar claro que esse texto não tem a intenção de fazer uma crítica, e sim de averiguar, pelo menos, três pontos que nos chamam a atenção e tem incomodado a grande família de Cristo na terra.
A verdade é que somos parte de um corpo, que sinceramente, não vai lá muito bem. Temos encontrado, por aí, pernas e mãos debilitados, feridos e que necessitam de cuidados especiais. E como todos sabem, se uma parte do corpo vai mal, como poderão trabalhar os outros membros sem pesar?
Então vamos aos pontos:
1º OS DESVIADOS: Você conhece um desviado? Pois é, eles estão por toda parte. E nos recordamos que eles estavam conosco, no seio da igreja. Eram dos nossos e não estão mais entre nós. Hoje, pela opção que fizeram, estão bem piores do que imaginamos. Segundo a palavra, como cães que retornaram ao próprio vómito. Infelizmente, homens e mulheres de Deus tem retornado ao cativeiro, estão sob um jugo terrível. Essa situação não incomoda a Igreja? Pelo menos deveria perturbar. O que isso espiritualmente representa para o corpo? Tantos membros perdidos... Como eles necessitam de cuidados. Mas quem os poderia cuidar?
2º DESUNIÃO: Creio que a desunião denominacional já tenha sido pior. Mas ela continua, como um deus, reinando sobre os interesses do Reino. As diferenças denominacionais deveriam ser esquecidas para que, assim, o povo de Deus mostrasse ao mundo que compõe um único corpo do qual o cabeça é Cristo. Lamentavelmente, muitas igrejas querem se transformar em um império dominador, mesmo que sua “grandeza” ofusque valores mais importantes.
As diferenças denominacionais não são tão ruins como parecem, pelo contrário, revelam a multiforme graça de Deus, tanto no querer e efetuar. Mas o orgulho e o egoísmo obstinado impõem doutrinas que limitam e atrapalham a obra de Deus.
Vejamos o caso do envio de missionários para o campo e seu sustento. Coisa mais difícil é as igrejas compreenderem seus eleitos e bancá-los sem que alguma vantagem a denominação leve sobre a sua carreira. Por outro lado há o embate entre igrejas e agências missionárias independentes. Em nome de quem pregam, quem representam?
3º INDIFERENÇA: Esse sentimento é compartilhado por boa parte do povo cristão. É o sentimento praticado por uma linha de pensamento egoísta e venenoso. Uma mentira que o diabo tem lançado nos corações dos crentes para que ele se sinta auto-suficiente e independente dos irmãos. Uma frase bíblica, sem contexto, tem dado margem a essa armadilha: “maldito o homem que confia no outro homem”. É verdade, o diabo tem distorcido a mensagem e colocado nos corações dos crentes a desconfiança. Um Irmão pode confiar em outro irmão? Confiança não é prova de nosso amor ao próximo? Pois os crentes vivem desconfiados um dos outros. Não se abrem, se isolam, isolando outros. Estão preocupados demasiadamente com suas próprias vidas. Para resumir não amam. A desconfiança gera indiferença. Quem está interessado na vida de outrem, e quer ser benção para a sua vida? Quantos irmãos, embora Deus contemple, entram e saem das igrejas desapercebidos por todos. Eis a mentira: o crente descobre a Deus, ele o satisfaz inteiramente. Ele e Deus se bastam e os irmãos são meros coadjuvantes desta relação. O plano do diabo é isolar o crente para que ele seja presa fácil, enquanto a bíblia ensina que “melhor serem dois do que um”...
Há outros pontos que poderiam ser citados, porém, estes devem ser levados a Deus em oração. Temos que entender, como a própria palavra revela, que estamos em uma batalha e, ela não ocorre contra a carne e nem sangue mas contra os principados e potestades que querem destruir os propósitos de Deus.
Também fica aqui a oportunidade de refletirmos sobre onde e como a Igreja tem falhado. Sua tarefa estaria incompleta ou ineficaz? Onde estará sua personalidade e o poder avivador do Espírito Santo que converte as almas pecadoras a Cristo? Só o Espírito Santo, e ninguém mais, pode convencer o homem de suas mazelas e levá-los ao arrependimento sincero e a um compromisso profundo com Deus. Onde está Cristo na Igreja? Será que não temos submetido aos crentes um jugo tão pesado que, nós mesmos, não podemos suportar? Talvez, esta seja a explicação para tantos desviados e o início de um esfriamento para o qual a Igreja deve estar sempre atenta. Portanto, a Igreja deve levantar-se como voz profética e corresponder ao seu chamado: pregando a salvação e libertando os cativos.
A vossa abordagem é bastante interessante, porém o tema é bastante grave e profundo, sem deixar de ser simples, uma vez que a grande questão do cristianismo é "A PRÁTICA DA VEDADE E DAJUSTIÇA" e tudo depende da escolha. O primeiro ponto frágil do ente humano é a negligência, o desalinho ou despreocupação nas escolhas. E o ponto mais sensível da igreja evangélica de hoje é a escolha de obreiros, principalmente a escolha de pastores. Confunde-se "leigos" = pessoa não versada em algum ramo de conhecimento de religião (laico), com ignorante, e são ordenados obreiros que, se quer, sabem se expressar em sua própria língua. Foi assim que a igreja católica mergulhou na idade das trevas e é assim que os "evangélicos nominais" de hoje estão mergulhados nas mesmas trevas.
ResponderExcluirTrevas - (lat tenebras)
1. sf pl 1 Privação ou ausência de luz; escuridão completa.
2. Ignorância (Desconhecimento, Falta de instrução e falta de sabe).
3. O castigo eterno; o inferno (como resultado de ignorar a Deus e ao sacrifício de Cristo).
Como corrigir este problema?
Se você quiserpode parar por aqui, porém digo mais!
Hiran R. Alenar - Bel. Teologia