quinta-feira, 2 de julho de 2009

Doutrina de Deus – características e atributos

Deus é Espírito (João 4:24), auto-existente, ou seja, não criado e eterno (Jeremias 10:10; Apocalipse 4:8-10), existe antes de todas as coisas e subsiste ao tempo. Deus único (êxodo 20:30; 1 Samuel 2:2; 1 Tiótio 1:17) que se revela em três pessoas, na sua própria essência: Pai, Filho e Espírito Santo (Gênesis 1:26; Mateus 3:16; João 14:16; Gálatas 4:6). Criador e razão pelo qual existem todas as coisas, por isso mesmo, governa sob o direito de criação e propriedade (Gênesis 1:1). Pai pessoal que se revela às suas criaturas, e deseja relacionar-se com elas em santidade, pois ele é perfeito em santidade (Levítico 11:44; Tiago 1:13), justiça (Gênesis 18:25; Isaías 11:3) e amor (Deuteronômio 7:8; João 3:16). Senhor doador e preservador da vida (Gênesis 2:7), cheio de graça e misericórdia (Tito 3:5; Daniel 9:9), bondade (Salmo 25:8; Mat 5:45) e fidelidade (Miquéias 7:20; Lucas 18:7,8). Estabelece seus designos cujo maior interesse é preservar o homem, identificá-lo com Ele mesmo e finalmente remi-lo, por isso mesmo é longânime, paciente e compassivo.

É Teísta e não Deísta (Atos 17:28; Efésios 4;6)

Uma das características de Deus e a sua necessidade de relacionar-se com o homem. Desde o Éden vemos o seu interesse em preservar o seu relacionamento com o homem. Mesmo após a queda, ele mesmo, diante da vergonha de Adão e Eva, procurou um meio adequado para que eles pudessem se apresentar diante Dele de forma satisfatória. Cremos que aqui ele institui o sacrifício como forma de reparação para o erro humano, sombra do sacrifício perfeito que prova sua preocupação com o homem. Deus, em toda história da humanidade, usou de sua justiça e misericórdia para com os homens e, portanto, podemos dizer que Ele interfere cotidianamente na humanidade. Tudo Ele criou com um propósito. Então podemos entender que Ele rege todas as coisas para cada fim. Não é pelo acaso que existimos, Deus, no seu governo, tem estabelecido tempos que cumpram os seus designos. Estamos sob uma promessa eterna, feita por Ele mesmo, e ele é fiel para cumpri-la. Diante disso não podemos aceitar a idéia de que Deus é deísta, pois estaria indo contra a sua palavra.

É Deus único (Êxodo 20:3; Samuel 7:22; 1 Timótio 1:17)

Ele próprio enfatizou, “Eu sou o único Deus”, “não terás outros deuses além de mim”. Deus é sábio, e conhecia as necessidades de suas criaturas. O politeísmo nada mais é que o resultado da aflição da alma humana, em busca de sua redenção em homens carnais, destituídos da verdadeira Glória de Deus. A sede em preencher o vazio de sua existência sem respostas, não satisfaz apenas o anseio do espírito humano, mais tende, a se render aos impulsos da natureza humana, o pecado, que gera a auto-satisfação, adorando deuses que correspondam as suas necessidades, ou que na verdade, são, mesmo inconscientemente, a personificação de quem os adora.
Nosso Deus é único, santo e puro, nada tem haver com esta humanidade, não procura satisfazer nossos apetites, mas nos regenera e transforma nossa natureza pecaminosa e imunda. Seu relacionamento com os que o adoram se dá em espírito, pois ele é espírito, e em verdade; pois ele não tolera a mentira. Tudo é transparente a seus olhos, e só um coração sincero e arrependido poderá se aproximar Dele. Seu relacionamento com o homem está pautado na fidelidade. Embora, sendo um único Deus, Ele se revela no Pai, no Filho e no Espírito Santo.

Conhecido pela revelação (Gênesis 12:1-3; Jeremias 1:1-9; João 1:14)

Ele mesmo quis se fazer revelar ao homem. Interessante que Adão e Eva foram os primeiros homens a compartilhar da revelação de Deus. Ele mesmo se revelou e com eles institui uma aliança. Assim Deus tem se revelado a humanidade, na própria criação, passando pelos patriarcas, e pelos profetas. Deus empenha a sua palavra, operando na história para tornar-se conhecido de todas as nações. Sua necessidade de alcançar o coração do perdido levou a revelação do seu próprio filho, a encarnação do “Logos”, que se fez sacrifício, e revelou seu amor incompreendido por muitos, narrado na sua Palavra (AT e NT) que inspirada por Deus, detona, mais uma vez, a sua preocupação e o seu interesse em revelar-se.

Deus Espírito Eterno (Exodo 15:18; Samo 90:2; Jeremias 10:10)

Ele sempre existiu, ele é auto-existente, não foi criado. Não está limitado ao tempo, ele é eterno, infinito. Por isso mesmo, conhece o passado, o presente e o futuro. Todos os tempos e épocas estão diante de seus olhos.

Deus pessoal (Isaías 49:15; Jeremias 31:3)

Assim como temos a necessidade de nos relacionar e compartilhar nossa vida com um amigo, Deus também deseja se relacionar conosco. Por isso podemos considerar que Deus é pessoal. Ele quer ser nosso Pai, para nos ensinar e aconselhar; nosso amigo, para ouvir nossos segredos, nosso irmão para compartilhar as mesmas experiências lado-a-lado. Enfim, quer participar de nossa vida. Embora deseje profundamente relacionar-se conosco, Deus respeita suas criaturas e lhes dá o livre direito de compartilhar sua vida ou não. Podemos definir que Deus deseja amar e ser amado, porque nos ama.

Deus Justo (Gêneses 18:25; Salmo 51:14; Isaías 8:17)

A justiça de Deus é perfeita. Segundo Myer Perlman, “a justiça é santidade em ação”. Um Deus santo não tolera a injustiça, e cabe a Ele intervir quando seus padrões de justiça são violados. Nosso Deus é reto, e naturalmente, ao se relacionar com suas criaturas se impõe uma norma. Podemos observar sua justiça quando Ele perdoa, salva, castiga e julga seu povo e dá vitória na causa de seus servos fiéis.

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